30.6.06

DIÁRIAMENTE 1

Seg, 19 de Jun de 2006 - 04:43 Mariana está na Argentina, acaba de ligar-me. Reclamou-me da desorganização do Aeroporto de lá. Muita fila, vôo atrasado. Ela desembarcará em São Paulo por volta das 10:00h. # O Brasil ganhou no futebol e perdeu Bussunda. Ficou mais triste. #

Ter, 20 de Jun de 2006 - 02:51 Fui convidado para entrar em uma comunidade no Orkut de onde pode-se enviar energia positiva aos entes amados. Não entrei, mas acreditando nesta possibilidade, enviei pedido de auxílio espiritual para Maria Terezinha Matheus e Alvaro José Matheus. Meus pais queridos. #

Qua, 21 de Jun de 2006 - 16:00 Oi Jorge
Os nomes de seus pais foram incluídos entre aqueles que recebem
diariamente
o nosso trabalho de auxílio espiritual a distância. Para obter os
melhores
resultados, devem manter pensamentos e atitudes positivas e de amor,
ficar
receptivos e ter fé.

Muita Luz e Paz!

Milton
http://br.geocities.com/auxilio_espiritual_luz/ #

UMA VIAGEM, UM SONHO

Ônibus. Viagem é a passagem de uma cena para outra. É Teatro, é Cinema.
Hoje estou aqui. Consegui, às minhas e às muitas outras custas. Sim! Porque aquela aula de Redação em que o professor Tiago nos incentivou a gritar escrevendo e ao escrever, grafar a mancha de sangue aqui no papel, foi de fundamental importância para que eu esteja aqui. Sou estudante de uma Universidade Pública.
Para chegar até aqui, tive ajuda de outras pessoas que se dispuseram a doar parte do tempo disponível, para passar conhecimento em forma de matérias disciplinares que estudei para prestar o vestibular e entrar na UNICAMP.
De repente uma voz, mais precisamente um chamado de atenção. Acordei do sonho que tivera nos ombros da pessoa que viaja comigo ao lado. Nessas alturas, o sol já estava alto e sua luminosidade feria-me os olhos.
Era uma moça bonita e gentil. Lembro-me agora que ao entrar no ônibus, e antes já pensando com quem viajaria, quem seria o meu companheiro ou companheira de viagem, percebi de cara que tinha dado sorte em poder acompanhá-la até o nosso destino.
Sentei ao seu lado e estava tão cansado que desejei a ela boa viagem, após apresentar-me e ter posto a minha mochila no lugar. Dali para frente, caí no sono e sonhei. Tinha passado no Vestibular e já estava cursando Música Popular no Instituto de Artes de uma das mais respeitadas universidades brasileiras.
“Meu nome é Clara. Contrasta com minha pele, já que sou negra e orgulho-me disso.”
“O meu nome é Matheus, desculpe-me, pois incomodei-a por algum tempo, não?”
“Deixa estar, eu notei que você estava mesmo precisando de repouso. À princípio pensei em sacudi-lo e colocá-lo em seu lugar, mas depois o tempo foi passando, você já no sono, deixei rolar.”
“Muito obrigado pela atenção e espero retribuir de alguma maneira, tanta cortesia.”
“Não brinca! Eu já passei por este tipo de situação e também senti-me constrangida em ter dormido nos ombros de um estranho. O camarada foi tão bacana, ficamos amigos, namoramos, noivamos e hoje estamos casados e vivendo muito bem.”
“Eu também sou casado e amo a minha mulher. Ela já fez a graduação na UNICAMP, é Antropóloga, e eu estava aqui sonhando que também já estava começando a minha graduação no Curso de música Popular na mesma Universidade. Foi um sonho, mas é ele que eu persigo.”
“Nunca é tarde para se pensar grande e assim atingir os nossos objetivos.”
“Vou prestar o vestibular e entrar para a universidade, apesar dos meus quase 50 anos completos. Você tem razão, nunca é tarde para o conhecimento e a melhora de qualidade de vida. Nada se perde nesse nosso mundo relativo.”
“Desejo-lhe boa sorte.”
“Muito obrigado. Peço-lhe desculpas mais uma vez.”
“Tudo bem! Até mais.”
“Até mais.”
Chegado ao destino, despediram-se e foram cada um para os seus afazeres.
A vida é uma caixa de surpresas. Queremos sempre mais, já que prezamos pelo amor ao próximo, apesar de tanta violência hoje em dia. A vida também é uma viagem, um sonho, que vamos realizando aos poucos. Evoluindo.

Jorge Luis Aparecido Matheus

4.6.06

Revista ISTOÉ copia-cola Jornal Folha de São Paulo

ISTOÉ/ 1911/ 7 jun 2006
A Semana/ Datas/ pag. 26
R$7,90

MORRE DINO SETE CORDAS

O "violinista"(as aspas são minhas) Horondino José da Silva conhecido como Dino Sete Cordas e um dos melhores do Brasil, morreu aos 88 anos, de pneumonia. Ele integrou o célebre grupo Época de Ouro, criado por Jacob do Bandolim em 1966 e compôs com Noel Rosa e Pixinguinha. O motivo do seu apelido é evidente: era um exímio executor de violão de sete cordas. No Rio de Janeiro, no domingo 28.

Eis aqui outra nova temeridade. A revista nem teve o cuidado de criar uma nota condizente e esclarecedora sobre a morte do mestre Dino 7 cordas.
Num país onde temos Jair do Cavaquinho, Paulinho da Viola, Oswaldinho da Cuíca, Nenê do Cavaco(meu pai), entre outros que trazem o próprio nome ou apelido grafado com o instumento musical que tocam, também existiu o violonista Dino Sete Cordas.

A falta de compromisso com a verdade, prolifera e vai contaminando determinados órgãos da imprensa, falada, televisada e escrita, de maneira a desinformar e enganar o consumidor de notícias.
Informação dá dinheiro e tem muita gente rica por aí, famílias inteiras; Mesquitas, Frias, Civitas e Marinhos, vivendo das nossas custas, sobre nossas costas.
Quando abri a revista e ao folheá-la deparei-me com a foto do Mestre Dino 7 Cordas, não contava que tivesse que ler o mesmo conteúdo do Jornal Folha de São Paulo noticiando sua morte. Devemos estar atentos a esse tipo de situação tão constrangedora.

2.6.06

Dino Sete Cordas e o pouco caso do Jornal Folha de São Paulo

Falece o violonista Dino. Gênio do Violão de 7 Cordas.
O Jornal Folha de São Paulo publica no domingo, 28 de maio de 2006, na página A24 brasil, a seguinte nota de rodapé:

O "violinista"(as aspas são minhas) Horondino José da Silva, conhecido como Dino Sete Cordas, morreu na madrugada de ontem, aos 88 anos, em consequência de uma pneumonia. O músico estava internado no hospital público do Andaraí, na zona norte do Rio.

Nascido no bairro do Santo Cristo, subúrbio do Rio, Horondino Silva ganhou seu apelido em 1954, quando mandou fazer seu primeiro violão de sete cordas, com o qual se tornaria um dos principais instrumentistas do país.

Na década de 1960, juntou-se ao célebre conjunto Época de Ouro - criado em 1966 por Jacob do Bandolim e César Faria, pai de Paulinho da Viola. Como produtor, trabalhou ao lado de Noel Rosa e Pixinguinha. Foi ainda responsável por arranjos e regência de muitos discos célebres, entre os quais os dois primeiros álbuns de Cartola(1974-1975).

Na próxima terça acontecerá um show em homenagem ao músico, inicialmente marcado para arrecadar fundos para o seu tratamento. A apresentação terá artistas como Paulinho da Viola e Beth Carvalho, e acontece às 19h30, no teatro Carlos Gomes (pça. Tiradentes, s/nº, centro, Rio de Janeiro, tel.: 0/xx/21/2232-8701).

Não é preciso comentar aqui que fiquei muito triste. Recebi e divulguei uma comunicação sobre o show um dia antes da morte do Mestre Dino 7 Cordas. DJ Paulão está certo quando me escreve dizendo que de uma homenagem, o show passou a ser um tributo. Fico ainda mais chateado com esse tipo de nota jornalística de última hora, como esta aqui da Folha e sua reportagem local, via Folha Ilustrada. Considero este o retrato fiel da hipocrisia e o quanto o músico brasileiro é mal tratado na sua própria terra. Um descaso explícito do jornal, formador de opinião com suas mancadas e erratas.

Todos sabiam que o Mestre Dino toca violão, e de sete cordas. Mestre Dino não tocava violino. Isto tem que ficar muito claro. Só a folha não sabia.

Uma desfeita com o artista do Brasil nunca pode ficar no barato.