11.1.06

Movimento do Rastafari

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O movimento do Rastafari é uma cultura e religião com origem na Jamaica. Teve origem na Década de 1930, com pregações do ativista Marcus Mosiah Garvey. Em 2000, aproximadamente 1,000,000 de pessoas se identificavam como rastas. Na Jamaica, entre cinco e dez por cento de toda a população dizem professar o rastafarianismo. No resto do mundo, o rastafarianismo tem se espalhado através da imigração.

Acreditam que Haile Selassie foi coroado rei de todos os negros, sendo uma reencarnação imortal de Deus (as outras duas reencarnações de Deus foram Melquizedeque e Jesus Cristo). Deve ser salientado que o próprio Selassie nunca foi um aderente do Rastafarianismo, chegando a implorar para a hierarquia da Igreja Ortodoxa da Etiópia que mandasse missionários para a Jamaica para que se opusessem ao movimento. O fundador Marcus Mosiah Garvey, considerado profeta pelos Rastafaris, posteriormente também negou associação com o movimento.

O Rastafarianismo se distingue pelo seu Afroncentrismo e por acreditar na supremacia negra. Costuma se referir à estrutura opressora dos brancos (que, segundo seus adeptos, são os responsáveis pela pobreza de seu povo) como "Babilônia". Alguns chegam a acreditar que o Deus dos brancos é, na realidade, Satanás.

Atualmente, a conversão de não-negros é aceita, embora ainda enfrente alguma resistência. Os rastafaris consideram os conversos não-negros como "brancos, mas de alma negra". Relações inter-raciais são permitidas, mas somente entre homens negros e mulheres brancas.

Muitos consideram a cultura rastafari como discriminatória contra a mulher, que é relegada a um papel subserviente ao homem. Às mulheres não é permitido que trabalhem fora, que vistam roupas curtas ou que usem a contracepção (que é julgada como uma conspiração do homem branco para controlar a população negra). O aborto também não é permitido, sendo considerado assassinato (como em diversos outros movimentos religiosos).

Rastafaris não têm estrutura clerical ou sacerdotes. No início do movimento, chegaram a ser processados por recusarem lealdade ao rei da Inglaterra. Os rastafaris ficaram conhecidos através do reggae, especialmente por Bob Marley. Também são conhecidos pelo uso de dreadlocks no cabelo (que não pode ser escovado, cortado, ou tratado com produtos químicos como shampoo) e pelo uso liberal que fazem de cannabis.

No Brasil, a cultura rastafari é amplamente popular, mas somente no sentido estético e musical (e não religioso). Destaca-se o Estado do Maranhão, considerado por muitos como "o berço do reggae brasileiro".

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